quinta-feira, 21 de maio de 2009

Oficializando o Blog

Agora que o ano lectivo chega ao fim e, sentindo-me já capaz de "grandes avarias", convido-vos à oficialização do Blog.
Conto com a vossa presença e a de um ilustre convidado, bem disposto e divertido...


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Luar do Sertão





Vale a pena ouvir esta velha canção que nos transporta ao sertão e à infindável calma dos dias e das noites...

Composição: Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco

Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

Oh que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão!
Se a lua nasce por detras da verde mata
Mais parece um sol de prata, prateando a solidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção e a lua cheia, a nascer no coração

Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

REFRÃO
Quando vermelha no sertão desponta a lua
Dentro da alma flutua, tambem rubra nasce a dor
E a lua sobe e o sangue muda em claridade
E a nossa dor muda em saudade
Branca assim da mesma cor...



domingo, 10 de maio de 2009

Schubert, Sinfonia Inacabada




F. Schubert, famoso compositor vienense, teve uma vida curta, mas para a eternidade ficará a sua música. A Sinfonia Inacabada continua a encantar-nos...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"O homem sem fé não pode viver"

Chegar aos cem anos não é para todos. Aqui registo o caso excepcional de Manuel de Oliveira que, apesar da idade, continua activo e de boa saúde. Por certo, o carinho da família e dos amigos vão alimentando essa energia que se traduz num desejo de viver e de criar sempre mais. E é por isso que ainda não acabado um filme já acena um outro projecto...

No entanto, a lucidez do cineasta reconhece os limites da vida, porque à força inexorável do tempo ninguém escapa. E assim, há que aceitar com resignação a finitude, como se deduz da última entrevista de Manuel de Oliveira.


"Aquilo de que temos a certeza é que ninguém nasce senão para morrer e nenhum dos nossos voltou para contar o que há depois da morte. Eu penso muito nisso agora, quando se chega à minha idade está-se mais consciente. Sou um homem da dúvida. Por isso, trabalho. A fé é um dom que a Natureza dá. A Natureza é subtil e extraordinária. Assim como nos deu a fome, deu-nos a fé. O homem sem fé não pode viver. Fiz um filme que fala disso, é o Non, a Vã Gloria de Mandar. Depois de perder a batalha, há um guerreiro que diz: "Terrível palavra é o "non", não tem direito nem avesso, por qualquer lado que a tomeis, é sempre"non".
Sem esperança, é impossível viver. O Espinoza dizia que o Corpo de Deus era o Universo, e julgo que o Einstein acredita na mesma coisa."

Manuel de Oliveira, in Actual, Expresso, 1 de Maio de 2009.