sábado, 22 de novembro de 2008

Amsterdam


No Verão quente de 1975, durante três semanas, andei viajando pela Europa: Paris, Bélgica e Holanda.

Cheguei a Amsterdam, de comboio, no dia 31 de Agosto quando o Sol declinava no horizonte, parecendo transportar-nos a um fim de tarde de Outono. Uma suposição que havia de continuar.

Lembro-me bem dessas primeiras impressões na Central Station que tomei como bom augúrio. Uma predisposição feliz a que se juntava uma onda de pardais chilreando e esvoaçando à nossa volta. Não havia dúvida, a Natureza queria dar-nos as boas-vindas...

Em breves minutos, o tram levou-nos ao Hotel Rembrandt no centro da cidade. Nova surpresa nesse velho e belo hotel de quartos bem aquecidos que logo tratámos de refrescar, abrindo janelas e desligando o aquecimento...

Nessa noite, depois de uma primeira abordagem pelas ruas da cidade, planeámos o itinerário da semana, dividido entre Amsterdão e três dias à descoberta da Holanda ...de comboio.

O primeiro dia começou pelo passeio de barco, uma experiência a juntar à que, pouco antes, tínhamos vivido em Bruges. Ao longo dos canais, ficava o encanto da arquitectura e dos espaços "com história" para alimentar o gosto por conhecer este povo que soube conquistar terra ao mar...

Pela tarde, desfrutámos a Praça Dam e os recantos circundantes. E nos dias seguintes muito havia para visitar: a Casa de Anne Franck, o Museu Van Gogh e o Rijksmuseum.

Tanta coisa para falar desse país. As casas bem cuidadas e de janelas com cortinas de renda que combinavam com a beleza dos bebés levados a passear pelas mães. Os realejos que tocavam pelas ruas e praças, o mercado das flores e, saindo da cidade, a paisagem verde e plana cortada por canais, onde ainda existiam alguns moinhos.

Poderia continuar a enumerar: a indústria de diamantes, a produção de queijos de diversos tipos, os tamancos...


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